29 de março de 2010

Felizes acasos

Numa de minhas peregrinações internéticas pra conseguir algo que me agrade, e renovar um pouco minhas playlists, achei  Ellie Goulding.

O CD é todo fofo e as musicas são todas, sem excessão, ótimas.Mas além das músicas, a capa do CD me chamou atenção. Uma daquelas coisas super simples que todo mundo pensa "por que não fiz isso antes?". 

E num desses acasos que só ocorrem por meio do Sr. Google tive outro feliz achado: o artista Daniele Buetti.Nascido na Suíça, ele ficou conhecido em 1990 por seu trabalho "looking for love". Uma instalação repleta com fotos de modelos que, tratadas pelo artista, apareciam com cicatrizes de marcas famosas

E seu trabalho mais recente, através do qual eu o conheci:"Dreams result in more dreams". Ainda trabalhando com fotografias, Buetti coloca atrás das mesmas pequenas luzes, que podem formar outras imagens ou textos

Pra conferir mais trabalhos de Daniele Bueti é só visitar o site dele.

24 de março de 2010

Sobre colecionar imagens

Sabe quando a gente descobre velhos hábitos de infância e se pergunta "Por que eu parei de fazer isso"? Então, tive esse estalo um dia desses me perguntando quando foi que eu achei desnecessário recortar e guardar figuras/fotos/embalagens(sim, embalagens!). 
Comecei a pensar que ao recortar ou guardar alguma coisa, estou considerando o essa coisa digna de minha atenção(tá bom que que quando criança eu só achava "bonitinho"), e logo nao merece ser ignorada/esquecida.
E apesar de minha coleção antiga já ter ido pro lixo há um bom tempo, continuo colecionando(mesmo que sem o mesmo compromisso de antes) imagens por aí. E como 90% da vida de qualquer pessoa hoje está na internet, é mais que óbvio que estas imagens também estivessem nesse tsunami de informações.
Mas há sempre um jeitinho de não ficar perdido. Tem pencas de sites como o We(heart)it, o Ffffound e o vi.sualize.us,  onde você faz sua coleção virtual de imagens de uma maneira bem prática 
E a parte mais legal de fazer essa coleção é perceber quanta diferença de imagens habita nela. Ao mesmo tempo que tenho imagens de sapatos e bolsas, guardo também fotos de obituário ou asas de insetos. É como se você se dividisse um pouco em cada imagem que você guardou, e mais do que isso: como se você se reconhecesse um pouco em cada uma das imagens.

23 de março de 2010

Uma Verdade

Schiaparelli já sabia, há muito tempo atrás, qual era a parte legal da moda.

20 de março de 2010

O trabalho de Alec Strang






Deu uma vontade de desenhar agora :3
Pra quem quiser ver mais tem no site dele

18 de março de 2010

Os amigos secretos de Tithi Kutchamuch

É estranho o número e a diferença das reações que as pessoas podem ter com determinados acontecimentos. A morte de animais de estimação, por exemplo: lembro quando meu hamster morreu atacado por formigas(!?), e que minha mãe ficou muito mais abatida do que eu, o dono.
E numa das minhas peregrinações internéticas achei o site de uma designer chamada Tithi Kutchamuch que passou por essa situação. Sua cachorra de estimação havia morrido, e como a gente só sente falta de algo quando a gente o perde, Tithi pensou que seria ótimo se ela pudesse levar a cachorra sempre com ela. Justamente nessa idéia de ter o animal querido sempre por perto ela criou a linha de acessórios Secret Friend. Onde parte de uma miniatura de animal se tranforma em colar, anel ou bracelete:



Ainda nessa linha, Tithi também criou o Companion Bird, ou "pássaro companheiro" que com seus órgãos e sua cabeça se transforma nesse colar lindo :


Fora esse projeto, Tithi tem pencas de outras produções interessantes no site dela, quem quiser conferir é só clicar aqui

12 de março de 2010

Paris Fashion Week pt3

Chanel
Como que num flashback da era glacial, Lagerfeld apresenta uma coleção onde as peles, são protagonistas. Além delas, o tricô com pontos grossos e aparência artesanal, o couro, e a paleta de cores dão aparencia "crua" às roupas. O "primitivismo" também pode ser visto nas pedras usadas nos acessórios, e até mesmo no pingente com o logo da Chanel feito com metal envelhecido.

Alexander McQueen
A última coleção do estilista antes de seu suicídio, apesar de bela não conseguiu suprimir o clima de despedida da apresentação. Para esta temporada McQueen se desviou do rumo "internético" da última temporada para se aprofundar na idade média, suas pinturas, e a religiosidade da época. Como resultado, vemos um belo trabalho, tanto em silhuetas, como em estampas, e diferente da maioria dos desfiles, usando couro apenas nos acessórios.
É inegável, que o mundo da moda sentirá(e muito) a perda de McQueen. Mas o que resta fazer agora é esperar que a Maison não caia no esquecimento, e consiga um diretor criativo que honre seu criador, já que os rumores de Garreth Pugh substituí-lo eram falsos

11 de março de 2010

Paris Fashion Week pt2

John Galliano
Indo na mesma linha do desfile de inverno do ano passado, Galliano procura mostrar na passarela, através do mix de texturas e sobreposições, peças que remetem ao folclore dos povos que vivem em terras geladas

Yohji Yamamoto
Na contramão da maioria dos estilistas que apostaram no couro como material da temporada, Yamamoto usa tecidos e proporções diferentes, como por exemplo o vestido que parece ser uma camiseta masculina gigante. Assim como essa desconstrução, a assimetria também teve lugar em vários looks do desfile.

Jean Paul Gaultier
Como que nos convidando a dar uma volta ao mundo, Jean-Paul Gaultier encontra nas estampas étnicas um ponto de partda para a coleção desta temporada. Trabalhando com cores vibrantes e combinações inesperadas, como o vestido+calça de alfaiataria, ou o casaco+saia abaixo do joelho


YSL
Com roupas de formas simples, capuzes e amplas capas de tecido plastico , Stefano Pilati queria uma coleção que nos fizesse refletir sobre proteção. O que não ocorreu "de primeira", pois a associação mais comum feita ao desfile era com a de freiras. Já os cordões desfilados, eram silhuetas de fotos de campanhas que a marca fez nos anos 70.



Vicktor & Rolf
O desfile mais teatral da temporada foi além de um desfile algo como uma "prova de roupas". Com a modelo Kirsten McMenamy no centro da passarela, os dois estilitas foram retirando as camadas de roupas presentes nesta e colocando-as nas modelos. Isso na primeira metade do desfile, pois na segunda o inverso ocorria: já quase sem roupa, a modelo ia vestindo o que as "modelos desfilantes" usavam
Quanto à coleção, a cor predominante foi o preto, aparecendo tanto em casacos(com lindos trabalhos de renda) quanto em mini-vestidos e transparencias.

10 de março de 2010

Paris Fashion Week pt1

Sonia Rykiel
Modelos sorrindo e se comprimentando foram um dos fatores que fizeram do desfile, o mais descontraído de toda semana de moda. Apresentando um belo trabalho em tricô, muitas das peças foram tiradas do guarda-roupa masculino, como os maxi-blazers, trench coats, e calças cargo. Destaque pro fofo alfinete de segurança(tambem big-size)


Garreth Pugh
Com um belo trabalho feito em couro texturizado e transparências, Garreth Pugh apresentou uma coleção mais comercial que de costume. Com peças masculinas mais acinturadas e golas rígidas que cobriam parte do rosto, tecidos desfiados e casacos de renda, além das franjas metálicas que, assim como no desfile da brasileira Fábia Berseck, eram feitas com correntes bem finas.


Rick Owens
Com olhos super marcados, as modelos(que de acordo com o estilista, eram uma seita de "freiras-glam") desfilaram peças que em sua maioria tinham como ponto-comum a assimetria(em especia a dos grandes casacos) e as leggings em zigue-zague usadas como complemento. Além de luvas com apliques de pele, casacos estruturados com pedaços de couro formando algo que como um "mosaico-negro" chamaram atenção no desfile.


Balenciaga
Usando muita geometria, o desfile "futuristico-possível" da Balenciaga chamou atenção pela primazia ao misturar tantas texturas e por vezes enganar-nos com elas. A exemplo disso os vestidos de lã totalmente rígidos e geometricos. Geometria e mistura de texturas que também esteve nos sapatos, como os feitos de pele de phyton, madeira e metal


Issey Miyake
Com apenas calças e cachecois coloridos no início do desfile, a brincadeira de texturas foi aperfeiçoada por peças fortes e minimalistas, usadas em conjunto com peças ricas em detalhes, como as calças cheias de texturas apresentadas nos defiles. Com o passar do desfile, a divisão entre o mínimo e o máximo foi ficando mais tênue, sendo mostrada de maneira mais sutil como nas golas imponentes sobre casacos oversized


Pedro Lourenço
O grande traabalho com couro e toda as suas possibilidades, é como poderia ser definido o desfile de Reinaldo Lourenço. Indo desde Trompe l'oeil até volumes inesperados , passando por exoesqueletos e franjas, além de "barbatanas" que formavam uma saia. Sem dúvida foi uma ótima primeira coleção


Comme des Garçons
Distorcão do corpo feminino foi o que não faltou no desfile da grife de Rei Kawakubo. Se permitindo ir além , Rei contesta os padrões atuais do vestir usando volumes inesperados(como nos quadris, joelho e bustos) que por vezes eram tão vazados que nos davam a sensação de que iriam explodir.

2 de março de 2010

London Fashion Week F/W 2010

A temporada de inverno da semana de moda de Londres, que ocorreu mês passado teve um aspecto um tanto quanto fúnebre, devido a morte de Alexander McQueen. Um dos estilistas que ajudaram a construir o status da cidade de Londres como importante centro difusor de novos talentos da moda.
Novos talentos como a estilista Pam Hogg,que apresentou seu primeiro desfile de inverno:






Talvez pelo tule fazendo as vezes de uma auréola, achei o desfile um embate entre SagradoxProfano. Embate esse que ocorria tanto na cor, quanto na forma dos materiais, que por vezes também conflitavam entre si,como as faixes de couro sobre as camadas de tule, do segundo vestido

Outros desfiles que também valem ser citados:

Meadham Kirchhoff, colocando o kitsch na passarela



As roupas animalescas(e fofas) na Unique:



E as texturas dos vestidos de John Rocha: