6 de dezembro de 2010

Tendo seu trabalho exposto na Gallery Kalhama & Piippo Contemporary em Helsinki, a artista Joanne Grüne-Yanoff tem um repertório plástico predominantemente orgânico, e influências de trabalhos de artistas como Hirst e Helen Chadwick
Meat Abstract, 1989  Helen Chadwick
Away From The Flock, 1994 Damien Hirst
Assim como a maioria dos trabalhos em organic art, a instalação You Walk In My Heart And The Beat Goes On, privilegia o processo de construção da obra ao invés de uma atemporalidade contemplada pelo espectador. 



O discurso em torno do efêmero, do passageiro, e do mortal torna-se muito claro quando observamos em um de seus corações, moldados em pvc transparente, asas de borboletas exóticas. E é justamente nesse transitório que Grüne-Yanoff encontra suas preciosidades, em momentos que aparecem e se esvaem repentinamente.



Contudo, o discurso aparentemente clichê desapareçe quando percebe-se que a forma de guardar esses momentos não os isola da ação do tempo. O coração mostra-se como um lugar passível de sofrer com a temporalidade (ao contrário do que muitos amantes pensam, rs). As asas-de-borboleta, gravetos, folhas e flores irão definhar até o momento em que não existam mais, assim como tudo no mundo.

2 de dezembro de 2010

Tesoura com ponta

Mascaras feitas com anúncios de revistas cortados em tiras, esse é o material que Frederique Daubal utiliza para criar sua obra Hide & Seek. Apesar da simplicidade de realização da obra, o questionamento que esta contém gira em torno de algo que é tudo menos simples: identidade. Além disso, Daubal procura refletir as transformações que essa sofre, e qual é o significado de ser francês hoje.


Porém, mais do que para o povo francês, acho que o questionamento extende-se para a maioria da população mundial: até que ponto incorporamos as imagens de moda em nossa vida? E como estas nos afetam?


Quem quiser ver mais fotos, o site dele tem todas, além de outros trabalhos super interessantes dele, como suas colagens em cut & play