O clipe novo da Katy Perry é o motivo desse post. Diferentemente do que eu pensava o clipe é uma ótima produção, e apesar do finalzinho merchan-nonsense acho que Katy Perry acertou, mas não tanto quanto em 'You're so gay' minha música favorita, com um clipe e produção bem menos intergalático e ainda assim super legal.
Mas, saindo dos meus rodeios, vamos ao que interessa. Vídeo rodando, pencas de efeitos, sintetizadores reinando, Katy com uma dollface from mars e assim, do nada, me senti meio robô.
Dispenso discursos clichês pós-modernistas__ou serão hipermodernos, Lipovetsky?___ que colocam o avanço tecnológico proporcional à perda dessa 'humanidade' e que, a longo prazo, nos transformará em máquinas sem coração.
Eis o que eu acho: com tanto avanço científico, teorias pra cá e teorias pra lá, analisando e explicando sub-atômicamente cada nanômetro de nossa existência, viver fica um pouco menos fantástico.
É disso que eu sinto falta: desse mágico que pede rituais de fogueira, onde a pele marcada pela experiência expõe suas feridas e atesta sua perenidade numa dança em êxtase. Sinto falta desse místico que coloca um véu sobre as coisas e que, por mais que tentemos, não conseguimos tirar.
Carlos Miele F/W 2011 |
Reserva F/W 2011 |
Comme des Garçon F/W 2011 |
Roskanda Ilinic F/W 2011 |
Comme des garçons F/W 2011 |
Gareth Pugh F/W 2011 |
Manish Arora F/W 2011 |
Talvez saber os elementos e reações químicas responsáveis pela chuva seja (bem) menos interessante do que só observá-la cair.
PS.: O título é uma citação do escritor/músico Charles de Lint.
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