Confesso que não sou o maior fã das criações de Galliano na haute couture, o clima bordoir/pinup/ditavonteese parece oprimir qualquer outra possibilidade de interpretação do desfile. Opinião essa que, com a coleção desta temporada, terei que rever.
O tema é bem fácil de perceber: flores. À primeira vista parece uma escolha muito equivocada para se apresentar num desfile outono/inverno, uma vez que geralmente tais desfiles optam por uma paleta de cores mais bem compotada.
Mas, fugindo do clichê de usar as flores como meras estampas, ou decorações, Galliano as constrói através de camadas, formas, cores e texturas. O próprio disse que teve como ponto de partida a saia-tulipa(criação de Dior), e estudos de flores.
O mais interessante é que, mesmo com um tema tão batido, a coleção saiu do lugar-comum das referências florais colocadas literalmente nas roupas. Isso é fácil de perceber quando, olhando todos os looks, não encontramos um onde alguma flor seja colocada sem adaptação, sem uma análise. E não apenas na roupa, mas também nos sapatos( que remetiam às hastes das flores), e no plástico envolvendo a cabeça das modelos como um buquê de flores, criação do chapeleiro londrino Stephen Jones.
Fotos via [Style.com]
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