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18 de outubro de 2011

"You put high heels on and you change"

Lista de feeds é uma coisa muito ingrata! Me dei conta dessa infelicidade informática quando num vórtice de cafeína quis atualizar todas minhas leituras atrasadas de meses que, mesmo gastando horas e horas não consegui ficar em dia.
Mas, felizmente, dentre do apocalipse de 'tendencias do dia'/'shape da estação'/'must-have' encontrei um post no fim do túnel. (Mas que fique claro que estou desconsiderando a minha relação de amor e ódio internética: RookieMag)

Talento: invejo e morro de raiva mas reconheço

Matéria bem recente do NYT, a escritora Tricia Romano fala sobre um recente "tendência"(se pudesse colocava mil aspas) que ela tem percebido na noite novaiorquina: homens usando sapatos de salto-alto.

Não é novidade pra ninguém que este fato não é inédito. Até o século XV, usar salto-alto não configurava-se como uma escolha baseada em gênero, mas sim em nobreza e prestigio, já que somente as nobres utilizavam o sapato.




O que achei mais animador, porém é como tal atitude frente ao vestir possibilita maquinar milhares de outros jeitos de pensar a vida. Uma simples apropriação de um item do guarda-roupa do sexo oposto que permite pensar questões não tao simples assim.

É impossível que, vendo tais imagens, não pensemos sobre a rígida divisão sexual que se impõe nas sociedades de boa parte do mundo. Não somente esta como também a irritante 'cartesianidade' lógica que tudo deve seguir. 

“As far as we’re concerned, this is just bringing a look to a club — which is what you are supposed to do.”-Mr. Wagner

O interessante dessas 'manifestações indumentárias' é que ninguém, em nenhum momento afirma um desejo de se tornar o outro sexo. Na maioria dos casos, esse jeito de se vestir é movido apenas pelo desejo de escapar um pouco do âmbito (muitas vezes) repetitivo de 90% da moda masculina, império da sobriedade e da inteireza.

E o que me faz ter um certo desânimo da moda masculina é justamtente isto, esta integridade que sempre deve estar presente. Longe de mim querer revolucionar a moda e acabar com o íntegro, mas transformar isso num quase-dogma não rola. É limitador, sem fututo e, claro, entediante. 

Mas não temas leitor(a) meu, solução existe!  Tudo bem que a maioria seja em filmes, editoriais, campanhas ou passarelas... mas só por enquanto :)
Karl meets Gareth VMAN Fall '08
Rick Owens
Jamie do http://jamiesblog.nl 





PS.: O título do post é uma citação do Manolo Blahnik
PS.2: A Tricia Romano tem um portifólio jornalístico incrível no site oficial dela, além de ter um radar muito bom para discutir questões super pertinentes de comportamento+internet, tipo esse post sobre haul videos no YouTube
Fotos [via: Adriana AllenAndrés Velencoso SeguraFashion&Style(NYT), Fashion Indie, ModCloth,  OiModaUnitedBlogs Of Benetton]

18 de outubro de 2010

Um desfile democrático


Mesmo com o NY Times declarando o fim dos Slimane-boys, e com a grande quantidade de homens-bozzano nas passarelas( vide Agnès B., Bottega Veneta e Yamamoto) ,  na sauna do Gaultier tem lugar pra todo mundo.


PS.: Não entendeu o porque de homem-bozzano? Leia aqui então
PS.2: Se eu fosse mulher e visse o Andrej Pejic ficaria muito indignada de saber que existe um homem tão bonita assim

fotos via [stlyle.com]

10 de agosto de 2010

Campanha pela real beleza BOZZANO

A Geil Magazine, publicação alemã de moda e comportamento voltada para o público masculino, circulará a partir do mês que vem a quarta edição de sua revista que tem como objetivo "resgatar a beleza masculina" da feminilidade que os modelos atuais aparentam.

Com 5 modelos diferentes para cada capa, a revista visa salvar esse homem que dizem estar em perigo de extinção. 

Logicamente que tal alegação é uma resposta à heidi-slimanização ocorrida em muitas grifes, onde modelos antes grandes e sarados foram substituídos por jovens de estatura média além de medidas e peso mínimos, além de traços mais delicados e fisionomia por vezes andrógina.
Desfile S/S 2011 de Jean-Paul Gaultier
Modelos do desfile S/S 09 da Burbery Prorsum
Desfile S/S 2011 Gucci
Campanha A/W 09 da Prada, fotografada por Slimane
Porém, dando uma olhada nas edições anteriores da mesma revista, não é nada difícil encontrar editoriais com esses modelos que a revista diz terem distorcido a imagem masculina. Mesmo numa das capas pode-se notar um pouco da feminilidade e delicadeza que a revista alega colocarem o homem  em perigo.

Outro aspecto contraditório é o fato de não estarem inclusas etnias que não as européias nesta edição, pois não há nenhum "representante" latino, asiático, indiano ou do oriente médio. Será que somente os europeus apresentariam esse perfil de virilidade que a revista quer resgatar? Creio que não.

Acho que a iniciativa em si é uma coisa bem válida, como um aviso para lembrar que também há beleza em modelos que não sejam adolescentes esbeltos. Mas, se tomarmos tal publicação como uma afirmação do que deve ser o novo padrão de homem, estaremos impondo novamente limites que a moda masculina levou anos para superar. 

Eu pelo menos, acho que explorar belezas plurais seria algo bem mais considerável, não soaria tão ditatorial e, claro, seria  bem menos monótono.