Com 5 modelos diferentes para cada capa, a revista visa salvar esse homem que dizem estar em perigo de extinção.
Logicamente que tal alegação é uma resposta à heidi-slimanização ocorrida em muitas grifes, onde modelos antes grandes e sarados foram substituídos por jovens de estatura média além de medidas e peso mínimos, além de traços mais delicados e fisionomia por vezes andrógina.
Desfile S/S 2011 de Jean-Paul Gaultier |
Modelos do desfile S/S 09 da Burbery Prorsum |
Desfile S/S 2011 Gucci |
Campanha A/W 09 da Prada, fotografada por Slimane |
Porém, dando uma olhada nas edições anteriores da mesma revista, não é nada difícil encontrar editoriais com esses modelos que a revista diz terem distorcido a imagem masculina. Mesmo numa das capas pode-se notar um pouco da feminilidade e delicadeza que a revista alega colocarem o homem em perigo.
Outro aspecto contraditório é o fato de não estarem inclusas etnias que não as européias nesta edição, pois não há nenhum "representante" latino, asiático, indiano ou do oriente médio. Será que somente os europeus apresentariam esse perfil de virilidade que a revista quer resgatar? Creio que não.
Acho que a iniciativa em si é uma coisa bem válida, como um aviso para lembrar que também há beleza em modelos que não sejam adolescentes esbeltos. Mas, se tomarmos tal publicação como uma afirmação do que deve ser o novo padrão de homem, estaremos impondo novamente limites que a moda masculina levou anos para superar.
Eu pelo menos, acho que explorar belezas plurais seria algo bem mais considerável, não soaria tão ditatorial e, claro, seria bem menos monótono.
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